PROF. CRISTINA
ERA NAPOLEÔNICA: 1799 A 1815
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Período de governo de Napoleão, o qual chega ao poder apoiado pela burguesia e
pelo exército.
ANTECEDENTES
DA ERA NAPOLEÔNICA
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Com receio de que os ideais revolucionários se espalhem pela Europa, algumas
nações formam em 1793 a Primeira
Coligação, formada pela Áustria, Prússia, Holanda, Espanha e Inglaterra contra
a França.
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Em meio ao conflito, os jacobinos prendem os líderes girondinos, promulgam a
nova Constituição de 1793 e iniciam o período do Terror, com a suspensão dos
direitos individuais e execuções sumárias.
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Em 1798, é criada a Segunda Coligação contra a França, formada pela
Grã-Bretanha, Áustria e Rússia.
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Neste contexto Napoleão Bonaparte é
visto como solução pelos vários setores da burguesia.
FASES DA ERA NAPOLEÔNICA
· CONSULADO (1799-1804)
- IMPÉRIO NAPOLEÔNICO
(1804-1815)
- GOVERNO DOS CEM DIAS
(20/03/1815 A 08/07/1815)
GOLPE
DO 18 DE BRUMÁRIO E CONSULADO: 1799-1804
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Napoleão depôs o Diretório usando uma coluna de granadeiros e implantou o
regime do Consulado. Assim, três cônsules concentraram o poder: Bonaparte,
Sieyès e Ducos.
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O grupo coordenou a elaboração de uma nova Constituição, a qual estabelecia Napoleão como primeiro-cônsul pelo
prazo de dez anos. A Carta Magna ainda lhe concedia poderes de ditador.
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O regime ditatorial foi usado para defender a França dos inimigos externos. Os
bancos franceses abriram uma série de empréstimos para apoiar a guerras que
foram travadas.
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Para impulsionar a indústria francesa, é criada a Sociedade Nacional de Fomento
à Indústria.
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Napoleão retomou o diálogo com a Igreja Católica, rompido durante a revolução. Após
várias semanas de negociação, a França assina com o Vaticano uma Concordata, em
1801.
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Pela Concordata, a Igreja não reivindicaria as propriedades eclesiásticas que
haviam sido confiscadas pelos revolucionários. Por outro lado, o governo teria
o poder de nomear bispos e o clero seria pago pelo Estado.
IMPÉRIO
NAPOLEÔNICO: 1804-1815
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É promulgada em 1804 a Constituição do ano XII, a qual prevê a substituição do
regime consular pela monarquia e inaugura o Império Francês. Bonaparte consegue
aprovação desta Carta Magna em plebiscito.
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Napoleão recebe o título de Napoleão I, Imperador dos Franceses. A cerimônia ocorreu em Paris, na Catedral de
Notre-Dame e não em Reims, onde eram tradicionalmente coroados os monarcas
franceses.
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A coroação ocorreu em meio à guerra da França contra a Terceira Coligação
Antifrancesa, formada em 1803 pela Grã-Bretanha, Rússia e Áustria.
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Em 1804 é instituído o Código Civil Napoleônico, que institucionaliza as transformações
da Revolução Francesa e Napoleão garante
o apoio da burguesia, do exército e dos camponeses.
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O Código Civil estabelecia a igualdade perante a lei, a garantia do direito de
propriedade e ratificava a reforma agrária ocorrida na Revolução Francesa.
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Por ele, assegurava a separação entre a Igreja e o Estado e eliminava os
privilégios feudais.
GUERRAS NAPOLEÔNICAS:
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A primeira guerra napoleônica ocorreu contra a Segunda Coligação, formada em
1798 pela Grã-Bretanha, Áustria, Rússia, Portugal, Império Otomano e Reino de
Nápoles. Por embaraços diplomáticos, a Rússia saiu desta coligação.
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Em 1800, a França derrota a Áustria na batalha de Marengo e, em 1802, a
Grã-Bretanha e a França assinam a Paz de Amiens.
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O conflito levou a França à crise financeira, o que foi amenizado com a criação
do Banco da França. O banco emitia papel-moeda, contribuindo para reduzir a
inflação.
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A França, tendo a Espanha como aliada, derrotou as tropas da Áustria e da
Rússia nas batalhas de Ulm e Austerlitz. Na batalha de Trafalgar, pelo mar,
contudo, as tropas francesas e espanholas foram dizimadas pelos britânicos.
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Em 1806, Napoleão derrotou o Sacro
Império Romano-Germânico e cria a Confederação do Reno, que reunia a maioria
dos estados alemães e se auto-proclamou protetor deste Estado.
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Grã-Bretanha, Rússia e Prússia formam a Quarta Coligação.
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Prussianos e russos são derrotados. Neste mesmo ano os russos tornavam-se
aliados dos franceses.
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A Quarta Coligação é derrotada e Napoleão passa a controlar grande parte da
Europa Continental.
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Muitos familiares de Napoleão passam a
administrar alguns territórios. Seus irmãos José, Luís e Jerônimo, foram
coroados reis de Nápoles, Holanda e Vestfália. Suas irmãs Elisa, Carolina e
Pauline, reinaram sob territórios na Península Itálica.
BLOQUEIO
CONTINENTAL
- O comércio exterior da Inglaterra, que
possuía uma excelente esquadra, não foi alterado em função dos conflitos.
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Os ingleses preocupavam-se com a concorrência comercial com a França e com
possibilidade de expansão do levante das camadas populares contra a burguesia.
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Como maneira de enfraquecer a Grã-Bretanha, Napoleão impõe o Bloqueio
Continental, proibindo os países europeus de comprarem produtos britânicos.
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A esquadra britânica consegue comercializar produtos com a América e impede
negócios desses com a França. Já os países europeus, pressionavam para exportar
seus produtos primários e obter os manufaturados produzidos na Inglaterra.
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Isso levou ao rompimento de acordos comerciais e, em 1809, forma-se a Quinta
Coligação, integrada pela Grã-Bretanha e Áustria.
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Os russos rompem o acordo com a França e são invadidos, mas o exército francês
sucumbiu ao inverno. Dos 450 mil homens que marcharam em direção à Rússia, 150
mil permaneceram na base de apoio na Polônia, mas somente 30 mil daqueles que
invadiram o país sobreviveram.
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Com o fracasso da campanha napoleônica na Rússia, formou-se a Sexta Coligação
em 1813. Uniram-se contra a França: Prússia, Áustria e Grã-Bretanha.
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Em março daquele ano, Napoleão Bonaparte é derrotado na batalha de Leipzig e um
ano depois, os exércitos dos aliados da Sexta Coligação tomam Paris.
TERROR
BRANCO
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As nações vencedoras se reúnem no Congresso de Viena para discutir como seria a
Europa após as guerras empreendidas por Napoleão. Este foi enviado para a Ilha
de Elba e o rei Luís XVIII reconduzido ao trono.
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Tem-se início o Terror Branco, onde a aristocracia e o alto clero voltam à cena
política e aproveitam para se vingarem dos republicanos.
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É exigida a devolução das terras confiscadas pelos camponeses durante a
Revolução. Por isso, começam as revoltas, massacres e perseguições.
GOVERNO
DOS CEM DIAS (1815)
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Napoleão foge da Ilha de Elba onde
estava preso.
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Com apoio dos mil homens que integravam a sua guarda pessoal, Napoleão
Bonaparte avança em direção a Paris. A
resistência foi inútil, pois o batalhão enviado por Luís XVIII recusa-se a aprisioná-lo.
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Apoiado pelos soldados, Napoleão toma Paris e inicia o chamado Governo dos Cem
Dias. Já Luís XVIII (1755-1824), foge para a Bélgica.
BATALHA DE WATERLOO
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A notícia da volta de Bonaparte dá origem a Sétima Coligação. Os exércitos se
enfrentam na Batalha de Waterloo, na Bélgica.
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Napoleão Bonaparte é derrotado e abdica do trono da França. É exilado na ilha
de Santa Helena, na costa da África, e morre em 1821.
CONGRESSO
DE VIENA
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Ocorre a tentativa de restaurar o Antigo Regime. Também institui uma política
de compensações territoriais para as nações vencedoras e a equivalência de forças
entre as nações europeias.
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ATIVIDADES:
1- Após participar da
conspiração que deu início à sua ascensão ao poder em 1799, Napoleão passou a
dividir, provisoriamente, o poder central da França com mais duas pessoas até o
ano de 1804. Esse período ficou conhecido como Consulado. Os outros dois
cônsules que governaram junto a Napoleão foram:
(A)
Maximilien Robespierre e Antoine de Saint-Just
(B) O abade Sieyès e Pierre-Roger Ducos
(C)
O cardeal Richelieu e Danton
(D)
Marat e Mirabeau
(E)
Luís XVI e Guillaume Lellement
2- A
criança deve ser protegida contra as práticas que possam levar à discriminação
racial, à discriminação religiosa ou a qualquer outra forma de discriminação.
Sabemos
que, assim como na charge da Mafalda, também durante as diversas fases da
Revolução Francesa discutiu-se a questão dos direitos humanos.
Foi na Era Napoleônica (1799-1815) que alguns desses
direitos foram assegurados e vêm até os dias de hoje, como, por exemplo, a(o):
(A) Propriedade privada.
(B)
Organização sindical em todos os trabalhos urbanos.
(C)
Jornada de trabalho de 8 horas diárias.
(D)
Greve por parte de todos trabalhadores.
(E)
Voto universal, incluindo o direito de voto das mulheres.
3- Artigo 5.º — O comércio de mercadorias inglesas é proibido, e qualquer mercadoria pertencente à Inglaterra, ou proveniente de suas fábricas e de suas colônias é declarada boa presa. (...)Artigo 7.º — Nenhuma embarcação vinda diretamente da Inglaterra ou das colônias inglesas, ou lá tendo estado, desde a publicação do presente decreto, será recebida em porto algum. Artigo 8.º — Qualquer embarcação que, por meio de uma declaração, transgredir a disposição acima, será apresada e o navio e sua carga serão confiscados como se fossem propriedade inglesa. (Excerto do Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte. Citado por Kátia M. de Queirós Mattoso. Textos e documentos para o estudo da história contemporânea (1789-1963), 1977.)
Esses artigos do Bloqueio Continental, decretado
pelo Imperador da França em 1806, permitem notar a disposição francesa de:
(A)
Estimular a autonomia das colônias inglesas na América, que passariam a
depender mais de seu comércio interno.
(B)
Impedir a Inglaterra de negociar com a França uma nova legislação para o
comércio na Europa e nas áreas coloniais.
(C)
Provocar a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, por meio da
ocupação militar da Península Ibérica.
(D)
Ampliar a ação de corsários ingleses no norte do Oceano Atlântico e ampliar a
hegemonia francesa nos mares europeus.
(E) Debilitar economicamente a Inglaterra, então em processo de
industrialização, limitando seu comércio com o restante da Europa.
4-
Durante o império de Napoleão Bonaparte (1804-1814), foi instituído um
Catecismo, que orientava a relação dos indivíduos com o Estado.
“O cristão deve aos príncipes que o governam, e nós devemos particularmente a Napoleão I, nosso imperador, amor, respeito, obediência, fidelidade, serviço militar, os impostos exigidos para a conservação e defesa do império e de seu trono; nós lhe devemos ainda orações fervorosas pela sua salvação, e pela prosperidade espiritual e material do Estado.” (Catecismo Imperial de 1806.)
O conteúdo do Catecismo contradiz o princípio
político da cidadania estabelecido pela Revolução de 1789, porque:
(A)
O cidadão participa diretamente das decisões, sem representantes políticos e
comandantes militares.
(B)
A cobrança de impostos pelo Estado impede que o cidadão tenha consciência de
seus direitos.
(C)
A cidadania e a democracia são incompatíveis com as formas políticas da
monarquia e do império.
(D)
O cidadão foi forçado, sob o bonapartismo, a romper com o cristianismo e o
papado.
(E) O cidadão reconhece os poderes estabelecidos por ele e
obedientes a leis.
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