DIGA SE É ALUNO CADASTRADO DO NEEJA E DEIXE SEU COMENTÁRIO OU SUGESTÕES.
PROF. BERNADETE
https://www.youtube.com/watch?v=sxN6pbqkZ-c
https://www.youtube.com/watch?v=xqQ1_sAHHH8
CARACTERÍSTICAS:
*Versos livres;
*Coloquialismo
*Valorização do cotidiano, e da
cultura nacional;
*Transgressões gramaticais;
*Humor;
*Literatura curta, poemas curtos, estilo telegrama;
PRINCIPAIS POETAS:
Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Manuel Bandeira.
Mário
de Andrade
Obras: Pauliceia Desvairada, Macunaíma
(herói sem nenhum caráter – representa o povo brasileiro).
Poema:
Eu sou trezentos...
Eu sou trezentos, sou
trezentos-e-cincoenta,
As sensações renascem de si mesmas sem
repouso,
Ôh espelhos, ôh! Pirineus! ôh
caiçaras!
Si um deus morrer, irei no Piauí
buscar outro!
Abraço no meu leito as milhores
palavras,
E os suspiros que dou são violinos
alheios;
Eu piso a terra como quem descobre a
furto
Nas esquinas, nos táxis, nas camarinhas
seus próprios beijos!
Eu sou trezentos, sou
trezentos-e-cincoenta,
Mas um dia afinal eu toparei comigo...
Tenhamos paciência, andorinhas curtas,
Só o esquecimento é que condensa,
E então minha alma servirá de abrigo.
Oswald
de Andrade
Manifesto Pau-Brasil(1924)
Manifesto Antropológico(1928)
Memórias Sentimentais de João Miramar
(prosa – marco inicial da prosa no Brasil)
Serafim Ponte Grande(prosa)
Poema:
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
Manuel
Bandeira
(poeta destaque no Modernismo)
Temática (infância, memória, doença,
morte, amor, cotidiano)
Poemas:
Debussy
Para cá, para lá . . .
Para cá, para lá . . .
Um novelozinho de linha . . .
Para cá, para lá . . .
Para cá, para lá . . .
Oscila no ar pela mão de uma criança
(Vem e vai . . .)
Que delicadamente e quase a adormecer
o balança
— Psio . . . —
Para cá, para lá . . .
Para cá e . . .
— O novelozinho caiu.
Moça
Linda Bem Tratada
Moça linda bem tratada,
Três séculos de família,
Burra como uma porta:
Um amor.
Grã-fino do despudor,
Esporte, ignorância e sexo,
Burro como uma porta:
Um coió.
Mulher gordaça, filó,
De ouro por todos os poros
Burra como uma porta:
Paciência...
Plutocrata sem consciência,
Nada porta, terremoto
Que a porta do pobre arromba:
Uma bomba.
Exercícios:
1. Infância
O camisolão
O jarro
O passarinho
O oceano
A visita na casa que a
Gente sentava no sofá
O Modernismo, em sua primeira fase, foi um movimento polêmico e destruidor. Qual das alternativas abaixo contém uma característica encontrada no texto que justifica essa afirmativa?
(A)presença forte de uma certa
musicalidade.
(B) presença de reminiscências do
passado.
(C) não retratação objetiva da
realidade por meio do uso de símbolos.
(D)ausência de exatidão formal e
conectivos.
(E)certo irracionalismo.
2. fim e começo
A noite caiu com licença da Câmara
Se a noite não caísse
Que seriam dos lampiões?
(Pau Brasil, 2003.)
Um traço estilístico presente em poetas da primeira fase do Modernismo no Brasil que se observa no poema é o uso de
(A) rimas emparelhadas.
(B) elementos descritivos.
(C) um vocabulário arcaico.
(D)uma métrica regular.
(E)um tom bem-humorado.
3. MACUNAÍMA
Uma feita a Sol cobrira os três manos
duma escaminha de suor e Macunaíma se lembrou de tomar banho. Porém no rio era
impossível por causa das piranhas tão vorazes que de quando em quando na luta
pra pegar um naco de irmã espedaçada, pulavam aos cachos pra fora d’água metro
e mais. Então Macunaíma enxergou numa lapa bem no meio do rio uma cova cheia
d’água. E a cova era que-nem a marca dum pé-gigante. Abicaram. O herói depois
de muitos gritos por causa do frio da água entrou na cova e se lavou
inteirinho. Mas a água era encantada porque aquele buraco na lapa era marca do
pezão do Sumé, do tempo em que andava pregando o evangelho de Jesus pra indiada
brasileira. Quando o herói saiu do banho estava branco louro e de olhos
azuizinhos, a água lavara o pretume dele. E ninguém não seria capaz mais de
indicar nele um filho da tribo retinta dos Tapanhumas. Nem bem Jiguê percebeu o
milagre, se atirou na marca do pezão do Sumé. Porém a água já estava muito suja
da negrura do herói e por mais que Jiguê esfregasse feito maluco atirando água
pra todos os lados só conseguiu ficar da cor do bronze novo. Macunaíma teve dó
e consolou:
— Olhe, mano Jiguê, branco você ficou
não, porém pretume foi-se e antes fanhoso que sem nariz.
Maanape então é que foi se lavar, mas
Jiguê esborrifara toda a água encantada pra fora da cova. Tinha só um bocado lá
no fundo e Maanape conseguiu molhar só a palma dos pés e das mãos. Por isso
ficou negro bem filho da tribo dos Tapanhumas.
ANDRADE, Mário de. Macunaíma.
22. ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1986.
Macunaíma é uma obra da primeira geração modernista, cujo autor, Mário de Andrade, foi um dos mentores da Semana de Arte Moderna, de 1922. A respeito da primeira fase do Modernismo, podemos afirmar que
(A) propôs uma estética poética
transgressora, que tentou romper com o tradicional, buscando a liberdade formal
e a valorização do cotidiano.
(B) seus romances valorizaram a
cultura brasileira através de forte regionalismo, com influência da psicanálise
de Freud.
(C)apresentou influência do
Parnasianismo e do Simbolismo, forte academicismo e passadismo.
(D)cultuou o objetivismo e a linguagem
culta e direta.
(E)buscou uma maior aproximação com a
realidade ao descrever os costumes, as relações sociais e a crise das
instituições.
4. O texto é a realização do programa poético da geração de 22 (primeira fase). A poesia modernista, sobretudo desta fase (1922 a 1928):
(A)faz uma síntese dos pressupostos
poéticos que norteavam a linguagem parnasiano-simbolista.
(B)utiliza-se de vocabulário sempre
vago e ambíguo que apreenda estados de espírito subjetivos e indefiníveis.
(C)enriquece e dinamiza a linguagem,
inspirando-se na sintaxe clássica.
(D)confere ao nível coloquial da fala
brasileira a categoria de valor literário.
(E)incentiva a pesquisa formal com
base nas conquistas parnasianas, a ela anteriores.
5. Cidade
Foguetes pipocam o céu quando em
quando
Há uma moça magra que entrou no cinema
Vestida pela última fita
Conversas no jardim onde crescem
bancos
Sapos
Olha
A iluminação é de hulha branca
Mamães estão chamando
A orquestra rabecoa na mata
ANDRADE, Oswald de. Cidade. Caderno de
poesia do aluno
Oswald (Poesia reunida). São Paulo: Círculo do Livro, s.d. p. 103.
A primeira geração modernista defendeu
a atualização da linguagem literária, reflexo da sociedade em transformação.
Em relação ao texto, a alternativa que está em desacordo com essa proposta é a
(A) Rejeição à linguagem discursiva
artesanal.
(B)Emprego irônico de imagem estética
estereotipada.
(C)Uso de frases justapostas e de
construções elípticas.
(D)Utilização de uma linguagem
artística que concilia o passado e o presente.
(E)Criação de uma poética substantiva reduzida ao essencial do processo de signos.
6. Poema Tirado de uma Notícia de Jornal
João Gostoso era carregador de feira
livre e morava no morro da
Babilônia num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de
Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de
Freitas e morreu afogado.
Manuel Bandeira
Sobre a primeira fase do Movimento Modernista, ao qual a crítica vincula Manuel Bandeira, todas as alternativas estão corretas, EXCETO:
(A)apresentava, em um primeiro momento, um
caráter anárquico e destruidor.
(B)valorizava a língua “brasileira”.
(C)objetivava o rompimento com as estruturas
artísticas do passado.
(D)a postura nacionalista, do final dos anos
1920, apresentava uma vertente crítica e uma vertente ufanista.
(E)buscava inspiração nas ideologias
concretistas para simplificação poética.
Respostas:
1. D
2. E
3. A
4. D
5. D
6. E
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