DIGA SE É ALUNO CADASTRADO DO NEEJA E DEIXE SEU COMENTÁRIO OU SUGESTÕES.
PROF. CRISTINA
REPÚBLICA POPULISTA: 1945-1964 2ª PARTE
GOVERNO
DE JUSCELINO KUBITSCHEK ( 1956/1961)
- Governo marcado pela política econômica organizada
pelo Plano de Metas, que tinha como lema “Cinquenta anos de progresso em cinco
de governo.” O Plano de Metas resultou na expansão e consolidação do
"capitalismo associado ou dependente" brasileiro, pois o processo de
industrialização ocorreu em torno das empresas estrangeiras (as Multinacionais).
-
As Multinacionais controlaram os setores chaves da economia nacional (maquinaria
pesada, alumínio, setor automobilístico, construção naval), ocasionando a
desnacionalização econômica.
-
A política econômica de JK levou a um processo inflacionário, em razão da
intensa emissão monetária, e a política de abertura ao capital estrangeiro
resultou em remessas de lucros e royalties ao exterior.
-
Também ocorreu a construção de Brasília
e a criação da Sudene (Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste).
-
O período JK foi marcada por crises
políticas, ocorrendo duas tentativas de golpe: o levante de Jacareacanga e o de
Aragarças (insurreições por parte de alguns militares).
-
No final do governo JK, a dívida externa aumentou, levando o país a
recorrer ao FMI.
-
Em 1960 ocorrem eleições e Jânio da Silva Quadros, governador de SP foi o vencedor, tendo como
partido político a UDN e como vice-presidente João Goulart, da coligação
PSD/PTB.
GOVERNO DE JÂNIO QUADROS (1961)
-
Jânio Quadros assume o poder em meio a uma grave crise financeira: intensa
inflação, crescimento da dívida externa e déficit na balança de pagamentos.
-
Com o objetivo de restabelecer o equilíbrio financeiro do país, realizou um
reajuste cambial, restringiu os créditos, incentivou as exportações e congelou
os salários. Iniciou a apuração de denúncias de corrupção administrativa e
nomeou uma comissão para definir a limitação da remessa de lucros para o
exterior.
-
Na política externa, realizou uma política
independente dos EUA: aproximou-se dos países socialistas ao
restabelecer as relações diplomáticas com a URSS, enviou o vice-presidente à
China e prestigiou a Revolução Cubana, ao condecorar com a Ordem do Cruzeiro do
Sul um de seus líderes, Ernesto “Che” Guevara. A postura do presidente preocupa
os norte-americanos e a classe dominante nacional.
-
A oposição ao governo era comandada por Carlos Lacerda, governador do Rio de
Janeiro.
-
Sem apoio político, Jânio renuncia no dia 25 de agosto de 1961(após sete meses
de governo). Sua renúncia nunca foi satisfatoriamente explicada. A renúncia
gerou uma grave crise política envolvendo a posse, ou não, de seu
vice-presidente João Goulart.
GOVERNO
DE JOÃO GOULART (1961/1964 )
-
João Goulart (Jango) não era bem visto pela elite nacional e pelas Forças
Armadas. Era tido como agitador e com tendências comunistas. Jango representava
uma ameaça a “segurança nacional”.
-
Usando essas alegações, os ministros militares pediram ao Congresso Nacional a
permanência de Raniere Mazzilli na presidência (assumiu interinamente, pois
Jango estava na China).
-
Contra a tentativa de golpe, o
governador do RS, Leonel Brizola (também cunhado de João Goulart) liderou a chamada
“CAMPANHA DE LEGALIDADE”, para
garantir a posse de João Goulart.
-
O Congresso Nacional aprova um ato adicional em 02 de setembro de 1961,
estabelecendo o SISTEMA PARLAMENTARISTA
no Brasil. Com o parlamentarismo os poderes do presidente foram limitados e o
primeiro-ministro é que governaria de fato. O primeiro ministro a exercer o
cargo foi Tancredo Neves.
-
Diante do fracasso do parlamentarismo foi convocado um plebiscito para decidir
sobre a manutenção ou não do regime. O resultado foi a volta do presidencialismo
(06/01/63).
-
João Goulart assume como presidente e põe em prática o Plano Trienal, que
buscava combater a inflação e realizar o desenvolvimento econômico.
-
Com o Plano Trienal, viriam um conjunto de
reformas estruturais, chamada de REFORMAS DE BASE, que incluía a reforma agrária, a reforma eleitoral (estendendo
o direito de votos aos analfabetos), a reforma universitária (ampliando o
número de vagas nas faculdades públicas) e a reforma financeira e
administrativa, procurando limitar a remessa de lucro e os lucros dos bancos.
-
Em 13 de março de 1964, num comício na Central do Brasil (diante de 200 mil
trabalhadores) Jango radicalizou sua promessa de reforma agrária, lançou a ideia
de uma “reforma urbana” e decretou a nacionalização das refinarias particulares
de petróleo.
-
Os grandes empresários, proprietários rurais, setores conservadores da Igreja
Católica e a classe média urbana realizaram a Marcha da Família com Deus e pela
Liberdade.
- Ocorre uma revolta dos marinheiros do RJ, servindo de pretexto para o golpe militar. Alegava-se que a disciplina nas Forças Armadas estava em jogo. Na noite de 31 de março de 1964 o general Olympio Mourão Filho (arquiteto do falso plano Cohen) colocou a guarnição de Juiz de Fora em direção ao Rio de Janeiro. No dia 1º de abril João Goulart foi deposto e exilou-se no Uruguai, no dia 2 de abril. Encerrava-se assim o período democrático e iniciava-se a República Militar no Brasil.
Fonte: https://www.mundovestibular.com.br/estudos/historia/republica-populista/
Nenhum comentário:
Postar um comentário