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PROF. CRISTINA
SUBDIVISÃO DA ÁFRICA:
ÁFRICA BRANCA OU DO NORTE: Os países que a integram (Marrocos,
Argélia, Tunísia, Líbia e Egito) apresentam características físicas e humanas
semelhantes àquelas do Oriente Médio. Seu clima é desértico, e a região é
ocupada desde o século VII por povos árabes, responsáveis pela propagação do
islamismo. A atividade agrícola é desenvolvida com bastante eficiência nas
regiões do vale do Nilo e na área conhecida como Maghreb, no noroeste do
continente.
ÁFRICA SUBSAARIANA OU NEGRA: Abrange
a maior parte do continente africano, sua concentração populacional é bem
maior, na qual predomina a população negra. A diversidade cultural nessa região
é imensa, pois existem diferentes grupos étnicos com elementos culturais
distintos (dialetos, danças, religiões, etc.). Porém, essa diversidade étnica gera
conflitos entre diferentes grupos. Durante o processo de colonização, os
europeus não respeitaram as peculiaridades de cada grupo, separando assim,
grupos de uma mesma etnia e estabelecendo territórios com grupos rivais. São
vários os problemas socioeconômicos na África Subsaariana, a fome castiga
grande parte dos habitantes, os índices de desnutrição são assustadores:
República Democrática do Congo (76%), Somália (72%), Burundi (63%). A AIDS é
outro fator agravante, aproximadamente 70% dos portadores mundiais do vírus
HIV, são da África Subsaariana. Cerca de 1 em cada 3 adultos de Botsuana,
Lesoto, Suazilândia e Zimbábue está infectado. Até 2020, os países africanos
mais atingidos podem ter a sua população reduzida em 25%, em virtude da doença.
Todos esses fatores, aliados à de apoio
efetivo dos organismos internacionais, fazem com que os países africanos, em
sua maioria, apresentem baixa qualidade de vida. Conforme o ranking de IDH
realizado em 2010 pela ONU, das 20 últimas posições, 19 pertencem aos países
da África Subsaariana.
ÁFRICA: PRINCIPAIS PROBLEMAS
A FOME na África atinge ao menos 236 milhões de
pessoas, conforme dados da FAO (Organização para a Alimentação e Agricultura da
ONU). É o continente com o maior número de pessoas afetadas pela fome.
FATORES: a falta de comida resulta de vários
fatores como o processo colonial, a concentração de poder, as condições
climáticas, a corrupção das autoridades, a baixa produtividade agrícola, o
aumento populacional, entre outros.
-
Durante a colonização, os países que ocuparam a África retiraram do território
riquezas materiais e matérias-primas que poderiam servir para o desenvolvimento
da região. Além disso, escravizou seus povos, retirando a população jovem que
tinha condições de trabalhar.
- No
processo de descolonização, para conquistarem a independência, alguns países
tiveram que lutar longamente contra seus colonizadores. Este foi o caso da
Argélia e do Congo, por exemplo.
- Além
disso, devemos considerar os próprios conflitos internos dos povos africanos,
que após a independência, entraram em guerra civil.
- Os
números da fome no continente africano tem registrado uma diminuição. Nos anos
80 foram devastadoras as imagens de Biafra (região da Nigéria) ou da Etiópia
onde a população não tinha o mínimo de nutrientes para manter-se em pé.
- Três
de cada quatro pessoas que nascem na
África Subsaariana é vítima da fome, segundo a ONU. A situação é
considerada severa no chamado Chifre da África, onde estão os países mais
pobres do mundo: Eritreia, Sudão, Etiópia, Somália, Quênia e Uganda.
- Até
2008, a renda per capita de um africano era de US$ 1,25 ao dia. Para
compreender a diferença, a renda per capita de um norte-americano é de US$
55,20 e de um brasileiro US$ 11,53, de acordo com o Banco Mundial.
- Um
país em guerra não cultiva, as tribos são constantemente ameaçadas e roubadas
pelos soldados de ambos os lados. Desta maneira, os agricultores abandonam os
cultivos, o período de escassez de alimentos começa e a fome se espalha.
- A fome
é maior nos países em guerra, pois estes absorvem a capacidade de geração de
renda e mantêm a ordem de exploração dos conquistados.
- A
guerra civil também cria o deslocamento de populações que não tem outra
alternativa a não ser ir para campos de refugiados. Há, hoje, ao menos 13,5
milhões de refugiados na África, o que representa 38% dos refugiados de todo o
mundo.
- Em
deslocamento ou inseridos em campos de refugiados, as vítimas da violência
estão à mercê de auxílio internacional. Nas últimas três décadas, os povos africanos
afetados pela fome, têm 50% de chance de serem subnutridos e metade das
crianças estará fora da escola.
- Igualmente, existem poucos programas que permitam o planejamento familiar. Desta maneira, a taxa de nascimentos na África é de 5,2 nascimentos por mulher ao longo da vida e é a mais alta do mundo.
OS PROBLEMAS AMBIENTAIS também aumentam a questão da fome. Hoje,
a África carece de soluções para os processos de erosão e desertificação
ocorridos pelo desmatamento. Áreas com solo pobre têm menores chances de
produção agrícola e baixo desempenho.
- As questões ambientais africanas esbarram na falta de investimentos e na competitividade. Os organismos internacionais atuam nas consequências do problema e não nas causas.
CORRUPÇÃO: Verbas de ajuda humanitária com
frequência acabam nas mãos de políticos corruptos e não chegam a quem precisa.
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/as-duas-africas.htm
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