BRASIL COLÔNIA: 1500-1822
PERÍODO
PRÉ-COLONIAL (1500/1530)
Período em que os portugueses
não se interessaram pela colonização do território, pois não tinham encontrado
produtos lucrativos. O comércio com as Índias ainda era muito lucrativo para Portugal.
A primeira e principal atividade econômica desenvolvida foi a extração do
pau-brasil (madeira avermelhada que servia para a fabricação de tintas e móveis).
Através do ESCAMBO, os nativos
extraiam o pau-brasil e ganhavam em troca diversos produtos, como espelhos,
foices, facões e aguardente.
EXTRAÇÃO
DO PAU-BRASIL E O ESCAMBO
O contato com os portugueses foi prejudicial aos indígenas, pois estes perderam território, muitos morreram devido a doenças dos brancos, sofreram dominação cultural e religiosa, inúmeros confrontos e escravidão. Durante esse período, a metrópole portuguesa realizou algumas expedições no litoral brasileiro, sem fins lucrativos ou colonizadores. Em 1501, uma expedição, com o objetivo de reconhecimento geográfico e em 1503, uma nova expedição, continuou com o reconhecimento da nova terra. Em ambas, o navegador italiano Américo Vespúcio estava presente. Em 1516 e 1526, a metrópole enviou duas expedições com objetivos militares. Eram as expedições guarda-costas, comandadas por Cristóvão Jacques, cujo objetivo era aprisionar navios franceses e espanhóis, que praticavam o contrabando no litoral brasileiro. A partir de 1530, o comércio português com as Índias entrava em declínio e a colônia sofreu tentativas de invasões, principalmente por causa do pau-brasil. O rei de Portugal, D. João III, decidiu então, iniciar a colonização do Brasil
PERÍODO
COLONIAL (1530/1822)
O início da colonização é
marcada pela expedição de Martim Afonso de Souza e tinha três finalidades:
iniciar o povoamento da área colonial; realizar a exploração econômica; proteger
o litoral contra a presença de estrangeiros.
Martim Afonso de Souza fundou a vila de São Vicente, em 1532 e o primeiro engenho: Engenho do Governador. Também iniciou a distribuição de sesmarias, isto é, lotes de terra para pessoas que se dispusessem a explorá-los. O sistema de capitanias hereditárias é adotado, iniciando o processo de colonização do Brasil.
ADMINISTRAÇÃO
COLONIAL
Apresentou duas características principais: o centralismo político (grande intervenção da metrópole, para controle da área colonial) e o localismo político (marcado pela descentralização e atendia os interesses dos colonos, em virtude da autonomia dos poderes locais).
AS
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
Implantadas em 1534, por D. João III e tinha como objetivo garantir a posse colonial e compensar as perdas do comércio com as Índias. Pelo sistema, os gastos da ocupação, exploração e proteção da colônia era transferido para a iniciativa privada. O Brasil foi dividido em 15 lotes de terras correspondentes a 14 capitanias que foram entregues a 12 donatários e era regido por dois documentos:
* A Carta de Doação: estabelecia os direitos e deveres do donatário e lhe outorgava a posse das terras. O donatário não se tornava dono, tinha apenas a posse. O rei poderia lhe tomar a Capitania.
* O Foral:
estabelecia os direitos e obrigações dos colonos e os donatários tinham o poder
administrativo, jurídico e militar, sendo por isto caracterizado como um
sistema de administração descentralizado.
FRACASSO
DO SISTEMA DAS CAPITANIAS: a falta de recursos financeiros para a
exploração e a falta de um órgão político que representasse a metrópole, pois
havia a necessidade de um maior controle sobre os donatários.
Obs.: Apenas
duas capitanias prosperaram: São Vicente e Pernambuco, ambas graças a
agricultura canavieira. Além do plantio de cana, a de São Vicente tinha relações
com a região do Prata, onde havia o comércio de escravos indígenas.
O
GOVERNO-GERAL
Em 1548, Portugal cria o Governo-Geral,
reafirmando sua autoridade e controle sobre a colônia. As Capitanias
Hereditárias não foram extintas, porém a tarefa de organizar a colonização
ficava sob o controle da coroa. O
Governador-Geral era nomeado pelo rei para um período de quatro anos. Contava
com três auxiliares: o PROVEDOR-MOR,
encarregado das finanças e responsável pela arrecadação de tributos; o CAPITÃO-MOR, responsável pela defesa e
vigilância do litoral e o OUVIDOR-MOR,
encarregado de aplicar a justiça.
-
GOVERNADORES GERAIS:
Tomé de Souza (1549/1553): Fundou Salvador, em 1549, primeira cidade e capital do Brasil; Criou primeiro bispado do Brasil (1551); Chegaram os primeiros jesuítas, comandados por Manuel da Nóbrega. Iniciaram a catequese dos nativos; Aumentou a distribuição de sesmarias, incentivou os engenhos de açúcar, introduziu as primeiras cabeças de gado, proibiu a escravidão indígena, dando início ao uso da mão de obra escrava africana.
Duarte da Costa (1553/1558): Durante seu governo ocorreram conflitos entre colonos e jesuítas por causa da escravidão indígena; Houve a invasão francesa no RJ em 1555 pelos huguenotes (protestantes), e a fundação da França Antártica; O Colégio de São Paulo foi fundado pelos padres jesuítas José de Anchieta e Manuel de Paiva; Ocorreu o conflito entre o governador e o bispo Pero Fernandes Sardinha, por causa da vida desregrada do filho do governador, D. Álvaro da Costa.
Mem de
Sá (1558/1572): Apoio a política de catequese, como forma de
efetivar o domínio sobre os indígenas. Os jesuítas iniciaram a formação dos
aldeamentos indígenas, as chamadas Missões; O governador e o bispado voltaram a
ter boas relações; Os franceses são expulsos, ocorre em 1565 a fundação da
segunda cidade do Brasil, São Sebastião do Rio de Janeiro; Após a morte de Mem
de Sá, a coroa portuguesa divide a administração da colônia em dois governos:
D. Luís de Brito, em Salvador, a capital do Norte, e ao sul, D. Antônio Salema,
no Rio de Janeiro.
UNIÃO
IBÉRICA (1580/1640): União de Portugal e Espanha
O rei de Portugal, D. Sebastião, morre em 1578 na batalha de Alcácer-Quibir contra os mouros e não deixa herdeiros diretos. Entre 1578 e 1580, Portugal é governado por D. Henrique, tio avó de D. Sebastião, porém também morre sem deixar herdeiros. Neste contexto o rei da Espanha, Filipe II, neto de D. Manuel, invade Portugal e assume o trono, iniciando o período conhecido como União Ibérica, onde Portugal fica sob domínio da Espanha até 1640. Com o domínio espanhol, as colônias portuguesas ficaram sob a autoridade da Espanha. Nesse período várias mudanças na administração colonial ocorreram, como o aumento da autoridade do provedor-mor para reprimir a corrupção no governo, a colônia brasileira foi dividida em dois Estados: o Estado do Maranhão (ao norte) e o Estado do Brasil (ao sul), com o objetivo de aumentar o controle da região. Ocorreu a suspensão temporária dos limites do Tratado de Tordesilhas, favorecendo a expansão territorial pelo interior e também ocorreu a invasão holandesa no Brasil.
RESTAURAÇÃO
(1640)
Foi o movimento liderado pelo
duque de Bragança com o objetivo de acabar com o domínio espanhol. Assim,
inicia-se uma nova dinastia em Portugal, a dinastia de Bragança. A União Ibérica esvaziou os cofres portugueses
e o país perdeu algumas áreas coloniais. Assim, Portugal entrou numa grave
crise financeira. D. João IV aumenta a exploração colonial criando o chamado Conselho
Ultramarino, o qual controlava a economia e a política das colônias, por
exemplo, as Câmaras Municipais tiveram seus poderes diminuídos e passaram a obedecer
às ordens do rei e dos governadores. A Companhia Geral do Brasil é oficializada
por D. João IV. Ela teria o monopólio do comércio do litoral e o direito de
cobrar impostos de todas as transações comerciais. Em 1720, após pressões
coloniais, a Companhia foi extinta.
AS
CÂMARAS MUNICIPAIS
A Câmara Municipal era o local
onde os administradores das vilas, cidades e povoados se reuniam para governar.
Os governantes desses locais eram os chamados “Homens Bons” (proprietários de grandes extensões de terras e
escravos), os quais defendiam seus interesses políticos e econômicos.
A
IGREJA NO PERÍODO COLONIAL
Foram inúmeros os grupos religiosos católicos que atuaram no Brasil durante o período colonial, como exemplo os dominicanos, beneditinos, jesuítas e outros. Em 1534, durante a Contrarreforma, Inácio de Loyola criou a Companhia de Jesus, a qual tinha como principal objetivo, consolidar e ampliar a fé católica pela catequese e pela educação. Os jesuítas entravam em conflito com os colonos, os quais queriam escravizar o nativo. As Missões jesuíticas eram alvo de ataques em busca de escravos. A Igreja, representada pelos jesuítas, dominava culturalmente os nativos, tornando-os submissos e impondo um novo modo de vida. Todo excedente produtivo do nativo nas Missões, os jesuítas comercializavam.
ECONOMIA
COLONIAL
Já vimos que a primeira atividade econômica na colônia foi a extração do Pau-brasil, durante o período conhecido como Pré-Colonial. Com a colonização, o cultivo da cana-de-açúcar e a produção do açúcar tornou-se a principal atividade econômica da colônia. O Brasil era uma colônia de exploração, a qual visava atender os interesses da metrópole europeia, no caso, Portugal. O açúcar era muito procurado na Europa e Portugal tinha experiência nas ilhas do Atlântico. O solo e o clima favorável na colônia foram fatores importantes. Devido ao mercado europeu bastante favorável, a produção deveria ser em larga escala. Para isso, a mesma deu-se em latifúndios (grande propriedade) e com a mão de obra escrava. Em resumo, a economia colonial nesse momento estava baseada no LATIFÚNDIO MONOCULTOR, ESCRAVISTA E EXPORTADOR, também denominado PLANTATION.
O latifúndio era conhecido por
ENGENHO e era formado pela:
A CASA DE ENGENHO era o local onde a cana era transformada em açúcar.
Era formada pela MOENDA (onde a cana
era esmagada, extraindo-se o caldo), a CASA
DAS CALDEIRAS (onde o caldo era fervido e engrossado) e a CASA DE PURGAR (o melaço era colocado
em formas para secar). Depois desse processo, o açúcar (em formato de pães de
açúcar) era colocado em caixas e enviado à Portugal.
Havia dois tipos de ENGENHOS: os chamados ENGENHOS REAIS (movimentados por força
hidráulica) e ENGENHOS TRAPICHES (movidos
por tração animal). Nos "MOLINETES"
ou "ENGENHOCAS" era feita
a produção de aguardente, que servia de produto de troca no escambo de escravos.
A presença holandesa na produção de açúcar foi marcante. Eles financiavam a
montagem de engenhos, refinavam e transportavam o açúcar para o continente
europeu.
Os
negros africanos eram capturados no continente africano e trazidos como
mercadoria ao Brasil em NAVIOS NEGREIROS
(ou Tumbeiros). Ao chegar na colônia, eram expostos como mercadorias,
aguardando compradores. A venda de
escravos africanos favoreceu a acumulação de capitais. O traficante lucrava
com a venda e o comprador lucrava com a mão de obra no Engenho.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE
AÇUCAREIRA
A sociedade era formada
basicamente por três grupos sociais: senhores de engenho (aristocracia), homens
livres e escravos. A posição social era
determinada pela posse das terras, escravos e poder político. Era uma sociedade patriarcal, ou seja, o poder
estava concentrado nas mãos dos homens, principalmente, dos senhores de engenho
que controlavam a vida dos filhos, esposa e funcionários. A mão de obra predominante era a escrava de
origem africana. Os escravos eram mercadorias e sofriam com as péssimas
condições de vida oferecidas por seus proprietários.
GRUPOS SOCIAIS
- SENHORES DE ENGENHO: tinham o poder político, econômico, social e familiar. A casa-grande era o centro deste poder. Controlava as Câmaras Municipais, centro do poder político das cidades na época colonial.
- HOMENS LIVRES: funcionários assalariados do engenho, proprietários de terras sem engenho, artesãos, agregados e funcionários públicos.
- ESCRAVOS: eram a mão de obra
predominante nos engenhos e originários da África. Era o grupo mais numeroso, o
qual vivia em péssimas condições, estavam sujeitos a inúmeros castigos físicos,
possuíam baixa expectativa de vida (em
torno de até 35 a 40 anos). Muitos resistiam à escravidão com revoltas e fugas.
Criaram os Quilombos, que eram aldeamentos de escravos fugitivos.
OUTRAS
ATIVIDADES
- Haviam outras atividades econômicas que auxiliavam
a produção açucareira:
* A
AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA: mantinha a produção da alimentos na colônia,
como o cultivo de mandioca e hortaliças. A mão de obra era livre (mestiços).
* A PECUÁRIA: atividade de extrema importância, pois o gado era utilizado como força motriz, transporte e alimentação. Atendia as necessidades do mercado interno e isso favoreceu a interiorização colonial e usava o trabalho livre (o boiadeiro).
* O
TABACO: usado no Escambo com algumas regiões da África, onde era
trocado por escravos. A principal área de cultivo era a Bahia. A produção do
tabaco era realizada com mão de obra escrava.
OBS.: a
produção de açúcar entra em crise a partir do século XVIII, principalmente
devido a concorrência das Antilhas e da produção de açúcar na Europa, a partir
da beterraba. No entanto, o açúcar sempre foi importante para a economia
portuguesa, obedecendo ciclos de alta e baixa procura no mercado consumidor.
A
ECONOMIA MINERADORA: Com a descoberta de ouro ocorreram mudanças no
Brasil colonial e Portugal consegue resolver seus problemas econômicos. A
descoberta dos metais preciosos ocorreu com a expansão bandeirante (séculos
XVII e XVIII). As primeiras descobertas datam do final do século XVII na região
de Minas Gerais.
ADMINISTRAÇÃO
DAS MINAS: Para administração das minas, foi criada em
1702, a Intendência das Minas, a qual era diretamente subordinada a Lisboa. Era
responsável pela fiscalização e exploração das minas. Realizava a distribuição
de datas-lotes e pela cobrança do quinto (20% do ouro encontrado). Mesmo com o controle metropolitano, o
contrabando era muito comum. Em 1720, a Coroa criou as Casas de Fundição, as
quais transformavam o ouro bruto (pó ou pepita) em barras já quintadas, ou
seja, extraído o quinto pertencente à Coroa. A criação das Casas de Fundição gerou
violentos protestos que provocaram a Revolta de Filipe dos Santos.
Quando ocorre o esgotamento das minas, o
governo português fixa uma taxa para arrecadar o quinto: 100 arrobas anuais de
ouro por município. Para garantir a arrecadação, é criada a derrama (para
completar as 100 arrobas, a população pagaria com seus bens pessoais). A
derrama trará um profundo sentimento de insatisfação para com a Metrópole.
Havia dois tipos de exploração do ouro:
- As
LAVRAS: a grande empresa mineradora, mão de obra escrava,
ferramentas e aparelhos;
- A FAISCAÇÃO: a pequena empresa, o trabalho livre ou escravos alforriados
OS DIAMANTES: as primeiras descobertas ocorreram em 1729, no Arraial do Tijuco, atual Diamantina. Não tinha como quintar o diamante, então a Metrópole a criou o Distrito Diamantino. Os mineiros foram expulsos da região e a exploração passou a ser controlada pela Metrópole através dos CONTRATADORES (que pagavam uma quantia fixa para extrair o diamante). Em 1771, o governo português assumiu a exploração do diamante, estabelecendo a real extração.
CONSEQUÊNCIAS
DA MINERAÇÃO
- Alterações na estrutura colonial, ou seja, ocorreram
mudanças econômicas, sociais, políticas e culturais.
AS MUDANÇAS
ECONÔMICAS:
- A mineração mudou o eixo econômico do litoral
nordestino para a região Centro-Sul;
- Incentivo ao comércio interno, uma vez que se
fazia necessário o abastecimento da região das minas (aumento da produção de
alimentos e da criação de gado);
- Surgimento de rotas coloniais interligando a
região das minas com outras regiões do Brasil. Pelas rotas, as tropas de mulas,
levavam e traziam mercadorias, inclusive o negro africano, deslocado da lavoura
açucareira para a região das minas;
- Estímulo a importação de artigos
manufaturados, devido ao aumento populacional e da concentração de riquezas.
AS
MUDANÇAS SOCIAIS:
- Aumento populacional nas regiões das minas, o
que altera a composição e estrutura da sociedade;
- A sociedade passa a ter um caráter urbano e
multiplica-se o número de comerciantes, intelectuais, pequenos proprietários,
funcionários públicos, artesãos. A sociedade mineradora passa a apresentar uma
certa flexibilidade e mobilidade (não existia na sociedade açucareira);
- Ocorre uma relativa distribuição de riquezas;
- Com a vinda de imigrantes que trazem ideias iluministas,
como Liberdade, Igualdade e Fraternidade a sociedade se torna mais politizada.
AS
MUDANÇAS POLÍTICAS:
- Como dito acima, as ideias Iluministas chegavam
ao Brasil com os imigrantes, os quais
buscavam ouro. Também essas ideias eram trazidas pelos filhos dos grandes
proprietários que estudavam na Europa;
- Nomes de destaque, como Tomás Antônio
Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Inácio Alvarenga Peixoto e outros. Estes estavam
ligados a Inconfidência Mineira.
AS
MUDANÇAS CULTURAIS:
- Todas as mudanças econômicas, políticas e sociais favoreceram a atividade intelectual na região das minas. A riqueza incentivou a produção cultural. Na música, na literatura (o Arcadismo), na arquitetura e a escultura (destaque para Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho e para mestre Valentim).
PORTUGAL E A INGLATERRA: Em 1703, Portugal e Inglaterra assinam o Tratado de Methuen, pelo qual Portugal conseguia benefícios alfandegários na venda de vinhos na Inglaterra e ficavam obrigados a comprar manufaturados ingleses sem taxa aduaneira. O Tratado de Methuen prejudica o desenvolvimento da manufaturas em Portugal e, para pagar os mesmos, Portugal vai usar o ouro encontrado no Brasil. A grande quantidade de ouro brasileiro para a Inglaterra contribui para o processo da Revolução Industrial, daí o ditado de que "a mineração serviu para fazer buracos no Brasil, construir igrejas em Portugal e enriquecer a Inglaterra".
RENASCIMENTO
AGRÍCOLA: No final do século XVIII, ocorre a decadência da mineração
e o retorno das atividades agrícolas, as quais foram incentivadas pelo:
- Esgotamento e decadência da região da minas;
- Independência dos EUA ( 1776 );
- Revolução Industrial na Inglaterra;
- Incentivo para a produção agrícola pelo marquês de Pombal.
OBS.: com a
Revolução Industrial, a Inglaterra necessita de algodão (para a indústria
têxtil) e a principal área fornecedora inicia
sua luta pela Independência. Com isso, o Brasil passa a produzir algodão para
atender os ingleses. O cultivo do algodão se dá no Maranhão, utilizando a mão
de obra escrava. Além do algodão, o açúcar, o cacau e o café tornam-se os
principais produtos cultivados. Para a ocupação do interior do Brasil, a pecuária,
a extração das "drogas do sertão", (guaraná, aniz, pimenta e outros
produtos) foram fundamentais nesse processo.
ATIVIDADES:
1- O
início da colonização portuguesa no Brasil, no chamado período
"pré-colonial" (1500-1530), foi marcado pelo(a):
(A) Envio de expedições exploratórias
do litoral e pelo escambo do pau-brasil.
(B) Plantio e exploração do pau-brasil,
associado ao tráfico africano.
(C) Deslocamento, para a América, da estrutura
administrativa e militar já experimentada no Oriente.
(D) Fixação de grupos missionários de várias
ordens religiosas para catequizar os indígenas.
(E) Implantação da lavoura canavieira, apoiada
em capitais holandeses.
2-
A descoberta do Brasil não alterou os rumos da expansão portuguesa voltada
prioritariamente para o Oriente, o que explica as características dos primeiros
anos da colonização brasileira, entre as quais se inclui o (a):
(A) Caráter militar da
ocupação, visando à defesa das rotas atlânticas.
(B) Escambo com os
indígenas, garantindo o baixo custo da exploração.
(C) Abertura das atividades
extrativas da colônia a comerciantes das outras potências europeias.
(D) Migração imediata de
expressivos contingentes de europeus e africanos para a ocupação do território.
(E) Exploração sistemática do
interior do continente em busca de metais preciosos.
3- Em
1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do Brasil
seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo o
extenso território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo governo português
se deu através da:
(A) Criação da Companhia Geral
do Comércio do Estado do Brasil.
(B) Criação do sistema de
governo-geral e câmaras municipais.
(C) Criação das Capitanias
Hereditárias.
(D) Montagem do sistema
colonial.
(E) Criação e distribuição de
sesmarias.
4-
A centralização político-administrativa do Brasil colônia foi concretizada com
a:
(A) Criação do Estado do
Brasil.
(B) Instituição do Governo-Geral.
(C) Transferência da capital
para o Rio de Janeiro.
(D) Instalação do sistema das
capitanias hereditárias.
(E) Política de descaso do
governo português pela atuação predatória dos bandeirantes.
5-Observe
a imagem abaixo.
Os números 1,2,3, 4e 11 correspondem,
respectivamente,
(A) Casa-grande, senzala, moenda, fornalha e
canavial.
(B) Casa de engenho, capela, senzala, força
hidráulica e roça dos escravos.
(C) Casa-grande, capela, casa de purgar, força
hidráulica e canavial.
(D) Casa-grande, capela, senzala,
força hidráulica e canavial.
(E) Casa de engenho, capela, casa de purgar,
fornalha e canavial.
6- São
características da produção açucareira do Brasil colonial, EXCETO.
(A) Monocultura.
(B) Produção destinada ao mercado externo.
(C) Utilização de mão de obra escrava.
(D) Utilização de grandes extensões de terra.
(E) Policultura.
7-
Leia o texto a seguir.
“O
açúcar foi o mais importante produto colonial brasileiro. Ele era fabricado
principalmente nos engenhos da Bahia e de Pernambuco. (...) Foram os árabes que
apresentaram o açúcar aos mercadores medievais. (...) O produto era raro e
caro, saboreado apenas pelos ricos. (...) Foi exatamente por causa dele que os
portugueses resolveram colonizar o Brasil.” História
Crítica – Mário Schmidt – 6ª Série - Editora Nova Geração – 1999 – SP – p. 220
e 221
Assinale a única alternativa INCORRETA sobre a
produção de açúcar no Brasil-Colônia:
(A) Os holandeses financiavam, transportavam,
refinavam e revendiam o açúcar do Brasil na Europa.
(B) A produção açucareira era, na
sua maior parte, destinada ao comércio interno.
(C) A atividade açucareira era monocultora,
baseada no trabalho escravo e utilizando grandes latifúndios.
(D) A sociedade açucareira foi patriarcal, ou
seja, a autoridade do senhor de engenho era absoluta.
(E) Os escravos eram a mão de obra predominante
nos engenhos e originários da África.
8-
"Cada ano, vêm nas frotas quantidade de portugueses e de estrangeiros,
para passarem às minas. Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil, vão
brancos, pardos e pretos, e muitos índios, de que os paulistas se servem. A
mistura é de toda a condição de pessoas: homens e mulheres, moços e velhos,
pobres e ricos, nobres e plebeus, seculares e clérigos, e religiosos de
diversos institutos, muitos dos quais não têm no Brasil convento nem
casa." (André
João Antonil, "Cultura e opulência no Brasil por suas drogas e
minas")
Nesse retrato descrito pelo jesuíta Antonil, no
início do século XVIII, o Brasil colônia vivia o momento:
(A) Do avanço do café na região do Vale do
Ribeira e em Minas Gerais. Portugal, no início do século XVIII, percebeu a
importância do café como a grande riqueza da colônia, passou então a enviar
mais escravos para essa região e a controlá-la com maior rigor.
(B) Da decadência do cultivo da cana-de-açúcar
no nordeste. Em substituição a esse ciclo, a metrópole passou a investir no
algodão; para tanto, estimulou a migração de colonos para a região do Amazonas
e do Pará. Os bandeirantes tiveram importante papel nesse período por
escravizar indígenas, a mão-de-obra usada nesse cultivo.
(C) Da descoberta de ouro e pedras
preciosas no interior da Colônia. A Metrópole, desde o início do século XVIII,
buscou regularizar a distribuição das áreas a serem exploradas; como forma de
impedir o contrabando e recolher os impostos, criou um aparelho administrativo
e fiscal, deslocando soldados para a região das minas.
(D) Da chegada dos bandeirantes à região das
minas gerais. Os bandeirantes descobriram o tão desejado ouro, e a Metrópole se
viu obrigada a impedir a corrida do ouro; para tanto, criou leis impedindo o
trânsito indiscriminado de pessoas na região, deixando os bandeirantes como os
guardiões das minas.
(E) Do esgotamento do ouro na região das minas.
Sua difícil extração levou pessoas de diferentes condições sociais para as
minas, em busca de trabalho, e seu esgotamento dividiu a região em dois grupos
- de um lado, os paulistas, e, de outro, os forasteiros, culminando no conflito
chamado de Guerra dos Emboabas.
9- Em
1703, estipulou a compra de vinho português pela Inglaterra em troca da importação
de tecidos ingleses por Portugal.
O texto se refere ao Tratado de:
(A) Fontainebleau.
(B) Madri.
(C) Methuen.
(D) Utrecht.
(E) Londres
10- A economia mineradora brasileira, florescida na época colonial, na passagem do século XVII para o século XVIII, só foi possível pela ação de determinadas figuras históricas que desbravaram e adentraram pelo sertão brasileiro. Tais figuras eram:
(A) Os jesuítas
(B) Os bandeirantes
(C) Os militares
(D) Os comunistas
(E) Os huguenotes
FONTE:
https://www.mundovestibular.com.br/estudos/historia/brasil-colonia
https://www.historiadobrasil.net/brasil_colonial/sociedade_acucareira.htm
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