quinta-feira, 29 de setembro de 2016

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO


Complemento Verbal:   Objeto Direto  e Objeto Indireto


Complemento Nominal

Agente da Passiva        

O complemento nominal é o termo da oração que é ligado ao sujeito, predicativo, objetivo direto, o objeto indireto, o agente da passiva, o adjunto adverbial, o aposto ou ao vocativo.
O complemento nominal liga-se ao substantivo, adjetivo ou advérbio por intermédio de uma preposição.

Exemplo 1:   A mulher tinha necessidade de medicamentos.
Nome (substantivo): necessidade
Complemento nominal: de alimentos.

Exemplo 2:    Esta conduta é prejudicial à saúde.
Nome (adjetivo): prejudicial
Complemento nominal: à saúde.

Exemplo 3:   Decidiu favoravelmente ao acusado.
Nome (advérbio): favoravelmente
Complemento nominal: ao acusado.
O núcleo do complemento nominal, em geral, é representado por um substantivo ou palavra com valor de substantivo. O pronome oblíquo também pode representar um complemento nominal deixando a preposição implícita no pronome.

Exemplo:  Andar a pé lhe era agradável. (era agradável a ele)
Complemento nominal: Lhe
Quando houver um período composto, a função do complemento nominal pode agir na oração com valor de substantivo. Nos casos em que isso ocorre, a denominação é de oração substantiva completiva nominal.

Exemplo:  Tinha a necessidade de que o socorressem.
Complemento nominal: de que o ajudassem.
Oração: Tinha necessidade

Agente da passiva
O agente da passiva é o complemento preposicionado que representa o ser que pratica a ação expressa por um verbo na voz passiva.
Exemplo:   A criança foi orientada pelo professor.
SujeitoA criança
Verbo na voz passivapelo professor.

Objeto direto
O objeto direto é o complemento de um verbo transitivo direto sem preposição obrigatória e indica o ser para a qual se dirige a ação verbal. Pode ser apresentado por substantivo, pronome, numeral, palavra ou expressão substantivada ou oração substantiva.

Exemplo:Algumas pessoas tomam vinho.
Sujeito: Algumas pessoas
Verbo transitivo direto: tomam
Objeto direto: vinho

 

Objeto Direto Preposicionado

Ocorre quando o objeto direto vem regido por preposição.

Exemplos:Nunca enganaram a mim.
Objeto direto preposicionado: a mim.
Verbo transitivo direto: enganaram

 

Objeto Indireto

O objeto direto completa a significação de um verbo e bem sempre acompanhado de preposição. Pode ser representado por substantivo ou palavra substantivada, pronome, numeral, expressão substantivada ou oração substantiva.
Exemplo:
Amélia acredita em discos voadores.
Sujeito: Amélia
Verbo transitivo direto: em discos voadores.

 

Nos casos de Pronome Oblíquo

Há casos em que os pronomes oblíquos assumem a função de complementos verbais.

Exemplo:A proposta interessava-lhe.
Objeto indireto: lhe
Verbo transitivo indireto: interessava-lhe.

EXERCICIOS: 
01 - A análise sintática é definida pela relação que se estabelece entre palavras ou grupos de palavras dentro de um contexto. Relacione a 2ª coluna de acordo com a 1ª, observando a correta classificação dos termos destacados. A seguir, assinale a alternativa CORRETA:
1. Objeto direto
2. Objeto indireto
3. Complemento nominal
4. Agente da passiva
(   ) “ A fome pode determinar a supressão de uma delas.”
(   ) “ A destruição não atinge o princípio universal e comum.”
(   ) “ Uma das tribos será exterminada pela outra.”
(   ) ... e necessitam de mais alimento.
a) 3, 1, 4, 2
b) 1, 2, 3, 4
c) 2, 4, 1, 3
d) 4, 3, 2, 1
e) 3, 4, 1, 3

02. Em: Tinha grande amor à humanidade / As ruas foram lavadas pela chuva / Ele é rico em virtudes. Os termos destacados são, respectivamente:
a) complemento nominal, agente da passiva, complemento nominal
b) objeto indireto, agente da passiva, objeto indireto
c) complemento nominal, objeto indireto, complemento nominal
d) objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva 
e) objeto direto, objeto indireto, complemento nominal

03. Assinale o item em que a função não corresponde ao termo em destaque:
a) Comer demais é prejudicial à saúde. (complemento nominal)
b) Jamais me esquecerei de ti. (objeto indireto)
c) Ele foi cercado de amigos sinceros. (agente da passiva)
d) Não tens interesse pelos estudos. (complemento nominal)
e) Ele tinha receio de tudo a sua volta.. (objeto indireto)

04. Em todas as alternativas abaixo, há objeto direto preposicionado, exceto em:
a) Acho que ela não consegue amar a ninguém.
b) Dedicou–se a estudos matemático.
c) Para sair com a turma o diretor escolheu a nós.
d) Ofenderam a mim e não a ele.
e) O professor elogiou a todos.

05. O agente da passiva foi corretamente destacado em todas as opções, exceto em:
a) O presídio tinha sido cercado pelos soldados.
b) Ela é a única responsável pela festa.
c) O time foi derrotado pelo campeão da cidade.
d) O mestre foi homenageado pelos alunos.
e) A casa foi destruída pela inundação.

06. Assinale a frase em que o objeto direto é pleonástico:
a) A borboleta negra, encontrei–a à noite.
b) Eu a sacudi de novo.
c) Fiquei a olhar o cadáver com simpatia.
d) Um golpe de toalha rematou a aventura.
e) Vi dali o retrato de meu pai.

07. "A recordação da cena persegue–me até hoje". Os termos em destaque são:
a) objeto indireto – objeto indireto;
b) complemento nominal – objeto direto;
c) complemento nominal – objeto indireto;
d) objeto indireto – objeto direto;
e) agente da passiva – objeto indireto.

08. Dentre as opções abaixo assinale aquela em que há objeto direto preposicionado:
a) Passou aos filhos a herança recebida dos pais;
b) Amou a seu pai, com a mais plena grandeza da alma;
c) Amou sua mulher como se fosse a única;
d) Naquele tempo era muito fácil viajar para os infernos;
e) Em dias ensolarados, gosto de ver nuvens flutuarem nos céus de agosto.

09. Assinale, dentre as alternativas abaixo, a que contém objeto direto preposicionado:
a) "Desesperado, deixou o cravo, pegou do papel escrito e rasgou–o".
b) Não desconfiei do candidato e corrigi o trabalho por inteiro.
c) Poucos jornais se referiram ao episódio.
d) O jovem de hoje também necessita de espiritualidade.
e) Pela estrada ia passando um comboio de caminhões–tanques.

10. Assinale a frase que contém agente da passiva:
a) Fiquei ouvindo aquilo por longo tempo.
b) Dei cinco reais pelo cachorrinho.
c) As colheitas foram levadas pela chuva.
d) Sempre saía a esmo pelos caminhos.
e) Agrada–me por todas as formas.

GABARITO : 1A - 2A - 3E - 4B - 5B - 6A - 7B - 8B - 9A - 10C                                 

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO: SUJEITO E PREDICADO

Conheça os Termos essenciais da oração na língua portuguesa.
Sujeito simples, composto, implícito, indeterminado e inexistente. Predicado e seus tipos

Sujeito e Predicado são os termos fundamentais de uma oração e formam sua estrutura. Lidamos com eles o tempo todo e nem sempre percebemos que eles estão ali no que escrevemos. Veja abaixo os tipos de sujeito e predicado e os exemplos para melhor entendimento.

Sujeito
Sujeito é aquele que na oração realiza ou sofre uma ação ou estado.

Por exemplo:
Alexandre socorreu o garoto. “Alexandre” é o sujeito da oração; ele realizou a ação de socorrer alguém.
Alexandre está triste hoje.  “Alexandre” é o sujeito que se sente triste hoje, está num “estado” de tristeza.
Para encontrarmos o sujeito de uma oração, basta fazer uma simples pergunta “ao verbo”: “quem é que”. No caso das orações acima: quem é que socorreu o garoto?

Quem é que está triste hoje? 
Resposta: Alexandre.

Tipos de sujeito
Existem cinco tipos de sujeito, eles podem ser simples, composto, implícito, indeterminado e inexistente. Veja cada um deles.

Sujeito Simples
Na análise sintática, todo sujeito apresenta um núcleo (sujeito simples) ou mais que um núcleo (sujeito composto). Núcleo do sujeito é a parte essencial do próprio sujeito.

Exemplo:   O menino Rafael comprou um chocolate branco.
O menino Rafael é o sujeito da oração. Rafael é o termo mais importante do sujeito. Rafael é o núcleo do sujeito. Há apenas um núcleo, portanto é um sujeito simples.

Sujeito Composto
Contém dois ou mais núcleos.

Exemplo:     Rafael e Gustavo compraram chocolate.
Sujeito da Oração: Rafael e Gustavo. Núcleo do Sujeito: Rafael, Gustavo. Dois núcleos representam um sujeito composto.

Sujeito subentendido, desinencial, implícito, oculto ou elíptico.
Embora nestes casos o sujeito não apareça, qualquer um pode facilmente identificá-lo:

Exemplo:    Comemos fora hoje.
O pronome nós não aparece, mas pela conjugação do verbo podemos identificar que nós é o sujeito subentendido da oração.

Sujeito Indeterminado
Neste caso, a ação do verbo ocorre, mas não podemos identificar quem é o sujeito. Acontece com verbos na 3ª pessoa do plural ou na 3ª pessoa do plural acompanhados da partícula se.

Exemplo:     Falaram mal do garoto.
Pessoas falaram mal do garoto, houve uma ação, o verbo foi conjugado, mas não podemos identificar o sujeito. Não se sabe como isto aconteceu. Foi praticada uma ação, há um sujeito, mas não sabemos quem é.

Sujeito Inexistente (ou oração sem sujeito)
Em algumas orações o predicado não se refere a nenhum ser. A oração não tem sujeito. O verbo é impessoal e estará sempre na 3ª pessoa do singular. Geralmente são verbos relacionados a fenômenos da natureza (trovejar, ventar, chover, anoitecer…), como também com os verbos haver, fazer, ser quando empregados de maneira impessoal.

Exemplo:
Anoiteceu em Florianópolis.
Choveu muito nesta madrugada.
Há anos que não o vejo.
Fez frio ontem.
São 10 horas da manhã.

Predicado
É tudo o que se diz do sujeito da oração.

Exemplo:      O galo            cantou nesta madrugada.
                        sujeito                    predicado

Tipos de predicado

Predicado verbal
Expressa uma ação, um acontecimento podendo ter ou não complementos (objeto direto, indireto, complemento nominal …) , tendo o verbo como núcleo do predicado.

Exemplo:      O galo cantou nesta madrugada.
O núcleo do predicado é o verbo cantou, portanto o predicado é verbal.

Predicado nominal
No predicado nominal, o núcleo é um substantivo, pronome ou um adjetivo, e o verbo é chamado de ligação.

O galo está doente.
O galo ficou doente.
O galo permanece doente.
O galo continua doente.
O galo parece doente.
Em negrito são os verbos de ligação. Doente é a principal informação do predicado. Doente é o núcleo do predicado nominal e também o predicativo do sujeito. (dá qualidade, indica o estado do sujeito).

Predicado Verbo-Nominal
Neste predicado há dois núcleos: um verbo e um predicativo do sujeito.

Exemplo:   O metrô chegou atrasado  hoje.

O sujeito metrô realizou a ação de chegar, verbo intransitivo. Mas também estava atrasado, uma qualidade do sujeito. Então há duas informações importantes no predicado, há dois núcleos, chegou e atrasado.

EXERCÍCIOS: 
1-Há predicado verbo-nominal em:
a) Ela descansava em casa.

b) Todos cumpriram o juramento
c) Ele vinha preocupado.
d) Ele está abatido
e) Ela marchava alegremente

2- A única oração com sujeito simples é:
a) Existem algumas dúvidas.

b) Compraram-se livros e revistas.
c) Precisa-se de ajuda.
d) Faz muito frio.
e) Há alguns problemas.

3-Só num caso a oração é sem sujeito. Identifique-a:
a) Faltavam três dias para o batismo.

b) Houve por improcedente a reclamação do aluno.
c) Só me resta uma esperança.
d) Havia tempo suficiente para as comemorações.
e)  N.d.a.

4-Na oração: “A inspiração é fugaz, violenta”, podemos afirmar que o predicado é:
a) Verbo-nominal, porque o verbo é de ligação e vem seguido de dois predicativos.

b) Nominal, porque o verbo é de ligação.
c) Verbal porque o verbo é de ligação e são atribuídas duas caracterizações
ao sujeito.
d) Verbo-nominal, porque o verbo é de ligação e vem seguido de dois
advérbios de modo.
e) Nominal, porque o verbo tem sua significação completada por dois nomes que funcionam como adjuntos adnominais.

5- A professora entrou apressada. O destaque indica:

a) Predicado nominal

b) Predicado verbo-nominal
c) Predicado verbal
d) Adjunto adverbial
e) N.d.a

GABARITO: 1-C;  2-A;  3-D;  4-B;  5-B


terça-feira, 27 de setembro de 2016

ATIVIDADES DE LITERATURA

1. Leia o texto a seguir.
“Eles não usam barba, elas têm cabelos compridos e tranças. Esguios, alimentados a peixe moqueado com biju, mingau de amendoim e frutas. Falam baixo, dormem cedo e só têm uma conversa: índio. É a tribo dos brancos composta de cientistas sociais, médicos, pedagogos, enfermeiras, biólogas e engenheiros agrônomos, vindos de diversas regiões brasileiras. Boa parte da engenhosa engenharia social e cultural que mantém o Parque do Xingu funcionando em harmonia se deve ao trabalho desses
especialistas. O foco agora é preparar os índios para o inevitável confronto com a civilização que um dia ocorrerá. As cidadezinhas vizinhas do parque vão transformar-se em municípios de porte médio, a urbanização baterá às portas da reserva. Os moradores do parque, cada vez mais, dependerão de produtos fabricados pelo branco. Em todos os momentos da humanidade, sempre que o choque ocorreu, o mais forte sobrepujou o mais fraco. Quase sempre de forma violenta. Neste canto do Brasil, um punhado de brancos está conseguindo driblar essa inevitabilidade. Procuram transformar o abraço sufocante em um caminhar de mãos dadas de culturas tão diferentes.” FERRAZ, Silvio. Do Xingu. In: Veja, 30 de junho de 1999.

Relacione o texto com a carta de Pero Vaz de Caminha e indique se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas quanto à preocupação do homem branco em relação ao índio:
( ) O texto tem o mesmo objetivo da carta, pois ambos destacam, várias vezes, que o rei de Portugal deveria cuidar da salvação dos índios.
( ) O texto tem o mesmo objetivo que a carta de Caminha, na medida em que tanto a “tribo de brancos” quanto o escrivão da esquadra de Cabral mostram preocupação com os índios do Xingu.
( ) O texto não tem o mesmo objetivo da carta pois Caminha, ao destacar que o rei deveria cuidar da salvação dos índios, usa “salvação” no sentido religioso, de converter o índio à fé católica, ou seja, no sentido de salvação da alma.
A sequência correta é:
a) F – F – V.  
b) V – V – F.  
c) F – V – F.  
d) V – F – V.  
e) F – V – V

2. No período colonial, verificam-se os seguintes fenômenos de nossa vida literária:
a) Constituição de um exigente público leitor e surgimento das primeiras editoras nacionais.
b) Manifestação de sentimentos nacionalistas e consolidação do romance de temática urbana.
c) Surgimento dos nossos primeiros grandes críticos literários e consolidação de um público de leitores.
d) Reflexos de princípios estéticos do Barroco e do Arcadismo europeus e manifestação de sentimentos nativistas.
e) Surgimento dos primeiros manifestos românticos e exploração de temas indianistas.

3. Não é característica da escola literária a que Padre Vieira pertence:
a) emprego frequente de palavras que designam cores, perfumes e sensações táteis.
b) uso constante da metáfora e da antítese.
c) união de duas ideias contrárias em um único pensamento.
d) composição de cantigas de amor e cantigas de amigo.
e) utilização de muitas frases interrogativas.

4. Na fase quase inicial de nossa literatura, uma nova tendência, de traços bem definidos, fazendo ressaltar ..............., bem como aspirações religiosas, e que se convencionou chamar de ..............., tem como representante maior no Brasil o poeta baiano ............... . Marque a opção que preenche adequadamente o enunciado.
a) Sonhos – Romantismo – Bento Teixeira.      
b) Figuras – Dadaísmo – Emiliano Perneta.
c) Contraste – Barroco – Gregório de Matos.    
d) Silepses – Parnasianismo – Castro Alves.
e) A métrica – Concretismo – Caetano Veloso.

5. “Ah! Peixes, quantas invejas vos tenho a essa natural irregularidade!... A vossa bruteza é melhor que o meu alvedrio. Eu falo, mas vós não ofendeis a Deus com as palavras; eu lembro-me, mas vós não ofendeis a Deus com a memória; eu discordo, mas vós não ofendeis a Deus com o entendimento; eu quero, mas vós não ofendeis a Deus com a vontade”.
O fragmento é próprio do estilo:       
a) medieval, por sua religiosidade;               
b) clássico-renascentista, pelas comparações;
c) barroco, pelo conceitismo e cultismos;    
d) árcade, pelo bucolismo;
e) romântico, pelo sentimentalismo

6. Leia o soneto abaixo, de Cláudio Manuel da Costa.
“Já rompe, Nise, a matutina aurora
o negro manto, com que a noite escura,
sufocando do sol a face pura,
tinha escondido a chama brilhadora.

Que alegre, que suave, que sonora,
aquela fontezinha aqui murmura!
E nestes campos cheios de verdura;
que avultado prazer tanto melhora?

Só minha alma em fatal melancolia,
por te não ver, Nise adorada
não sabe inda, que coisa é alegria.

E a suavidade do prazer trocada,
tanto mais aborrece a luz do dia,
quanto a sombra da noite mais lhe agrada.”

No soneto de Cláudio Manuel da Costa, a oposição claro/escuro e a antítese dia/noite revelam a permanência de características da estética:
a) realista.   
b) barroca.  
c) romântica.  
d) simbolista.  
e) parnasiana

7. O sofrimento amoroso é frequente nas obras dos poetas românticos, como se pode observar abaixo:
“Se Se Morre de Amor! (Gonçalves Dias)
Sentir, sem que se veja, a quem se adora,
Compr’ender, sem lhe ouvir, seus pensamentos,
Segui-la, sem poder fitar seus olhos,
Amá-la, sem ousar dizer que amamos,
E, temendo roçar os seus vestidos,
Arder por afogá-la em mil abraços:
Isso é amor, e desse amor se morre!”
A característica que situa o fragmento dentro da poética romântica é:
a) evasão no espaço, transportando o eu-lírico para um lugar ideal, junto à natureza;
b) forte subjetivismo, revelando uma visão pessimista da vida;
c) idealização do amor, transcendendo os limites da vida física;
d) realização de poemas lírico-amorosos, valorizando o idioma nacional;
e) idealização da mulher, conduzindo o eu-lírico à depressão.

8.“Quando junto de ti sinto às vezes
Em doce enleio desvairar-me o siso,
Nos meus olhos incertos sinto lágrimas...
mas da lágrima em troca eu temo um riso!”

Na estrofe acima, de Álvares de Azevedo, revela-se um traço forte de sua poesia, a:
a) idealização da amada, retratada como musa etérea, solene e distante;
b) projeção da própria morte, a um tempo temida e desejada;
c) sátira impiedosa, pela qual se rebaixa a linguagem ao plano do cômico;
d) insegurança amorosa, por temor de que a realidade rechace o devaneio lírico;
e) força material do cotidiano, expressa num detalhismo quase realista.

9. Em relação ao poema “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias, é incorreto afirmar que ele pertence:
a) ao projeto nacionalista romântico;     
b) à tendência romântica para a utopia;
c) à temática romântica da nostalgia;     
d) à vertente romântica indianista.
e) à fuga simbolista.

10. Indique a alternativa que se refere corretamente ao protagonista de Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida:
a) Ele é uma espécie de barro vital, ainda amorfo, a que o prazer e o medo vão mostrando os caminhos a seguir, até sua transformação final em símbolo sublimado.
b) Enquanto cínico, calcula friamente o carreirismo matrimonial; mas o sujeito moral sempre emerge, condenando o próprio cinismo ao inferno da culpa, do remorso e da expiação.
c) A personalidade assumida de sátiro é a máscara de seu fundo lírico, genuinamente puro, a ilustrar a tese da "bondade natural", adotada pelo autor.
d) Este herói de folhetim se dá a conhecer sobretudo nos diálogos, nos quais revela ao mesmo tempo a malícia aprendida nas ruas e o idealismo romântico que busca ocultar.
e) Nele, como também em personagens menores, há o contínuo e divertido esforço de driblar o acaso das condições adversas e a avidez de gozar os intervalos da boa sorte.

RESPOSTAS: 1 A  - 2 D – 3 D  - 4 C – 5 C – 6 B – 7 E – 8 A – 9 B – 10 C