A genética de Mendel.
A hereditariedade é o
fenômeno que explica as semelhanças observadas entre pais e filhos ou entre
indivíduos de uma mesma linhagem.
A genética é a ciência que
estuda os fenômenos de hereditariedade.
Explica como um casal ambos de olhos castanhos podem ter um filho de olhos
azuis, ou, então, como pais baixinhos
podem ter filhos altos. Muitas doenças tem caráter hereditário. A
hereditariedade está em todos os seres, desde as bactérias até os vegetais e
animais.
Só no início do século XIX foi
que o mundo científico pode tomar consciência de como as informações
genéticas se transmitem de geração em
geração. Entretanto 35 anos antes, em 1865, um monge agostiniano Gregor Johann Mendel, já havia
publicado um trabalho com relato e conclusões
de suas experiências com ervilhas, onde se encontravam as
explicações para todos os fatos que
constituem as bases da genética moderna.
Mendel observou que as
ervilhas revelavam caracteres que se transmitiam através de gerações e que eram
facilmente notáveis. Com amplos conhecimentos matemáticos, começou a pesquisar
a frequência com que ocorriam aqueles caracteres e comprovou que que certas
manifestações tinham uma incidência maior do que outras. Ex: ervilhas de
sementes amarelas eram mais numerosas do que as de sementes verdes,....
Mendel passou a
controlar a reprodução dos pés de ervilhas nos jardins do mosteiro em que
vivia. Fixou sua atenção em sete caracteres hereditários destas plantas.
1º Mendel deduziu que os
caracteres hereditários seriam transmitidos de ascendentes para descendentes
através de “fatores” existentes nas células , que seria numerosos, respondendo
cada um deles pelo determinismo de um
caráter. Ele não detectou a localização precisa desses fatores na célula e não lhes deu nome de gens ou genes.
Mendel identificou a
existência dos fatores hereditários e concluiu
que eles estão aos pares nas células somáticas e isolados (sem formar par) nas células germinativas ou gametas. Ele detectou a dominância e a
recessividade dos gens , a homozigose e a heterozigose.
Mendel deduziu ainda, que
num mesmo indivíduo, os dois fatores responsáveis por um determinado caráter
poderiam ser iguais ou responderiam por
manifestações opostas. Ele chamou de puros os indivíduos portadores de dois
fatores iguais para um certo caráter, e de impuros ou híbridos aqueles que mostrassem portadores de dois fatores
diferentes para um só caráter. (
homozigóticos e heterozigóticos).
Se as ervilhas da
geração F1 possuíam fator
para o amarelo e outro para o verde e, ainda assim, se mostravam amarelas (tão amarelas quanto as puras) é
porque o fator para amarelo dominaria completamente o fator para
verde. Com esse raciocínio, Mendel descobriu a dominância e a recessividade.
Genótipo: constituição
genética do indivíduo, não é visível, mas tão somente dedutível, para a análise
de dados obtidos por cruzamento. É representado por letras:
· A letra que designa a manifestação
dominante deve ser a mesma que designa a
manifestação recessiva;
· A manifestação dominante é representada por
letra maiúscula e a recessiva por letra minúscula;
· No indivíduo heterozigótico, indica-se 1º a
letra de manifestação dominante e, só
depois, a letra de manifestação recessiva;
· A letra preferível deve ser a inicial da
manifestação recessiva. Ex: ervilha amarela e ervilha verde ( a primeira é
dominante). Os genótipos devem ser VV ou Vv para o amarelo e vv para o verde.
Fenótipo: indica a
manifestação visível ou apenas detectável
da ação do genótipo. Pelagem de ratos: cinzento fenótipo visível. Grupo
sanguíneo A, B, AB ou O o fenótipo não é visível, detectáveis por exames.