PROF. CRISTINA
A VINDA DA FAMÍLIA REAL PARA
O BRASIL
CONTEXTO HISTÓRICO:
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Napoleão Bonaparte, imperador francês, decretou o BLOQUEIO CONTINENTAL (proibia
os países europeus de comercializarem com
a Inglaterra).
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Para não cortar os laços com a Inglaterra, os portugueses decidem vir para o
Brasil a fim de fugir da invasão napoleônica.
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O embarque da corte portuguesa ocorreu entre 25 e 27 de novembro de 1807.
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O governo português transferiu todas as
pessoas que possuíssem algum papel no governo para o Rio de Janeiro.
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O início da viagem para o Brasil ocorreu
no dia 29 de novembro de 1807. Em alto-mar,
quatro embarcações inglesas esperavam para escoltarem a corte.
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A viagem da corte portuguesa durou 54 dias, e, no dia 22 de janeiro de 1808, a
embarcação de D. João chegou a Salvador.
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Da antiga capital do Brasil, D. João decretou a primeira medida, ABERTURA
DOS PORTOS ÀS NAÇÕES AMIGAS.
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Depois de Salvador, D. João foi para o Rio de Janeiro, chegando lá no dia 8 de
março. As outras embarcações foram chegando nos dias seguintes (uma tempestade
havia separado elas).
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A chegada da corte ao Brasil dá
início ao Período Joanino, durante o qual D. João esteve no Brasil.
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A Abertura dos Portos às Nações Amigas significou o fim do monopólio comercial
exercido por Portugal sobre as atividades econômicas do Brasil, também permitia
aos comerciantes e grandes proprietários
negociar diretamente com
compradores estrangeiros.
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Outras decisões importantes tomadas por D. João VI: permissão para instalar
manufaturas no Brasil e a criação de incentivos para que essas manufaturas
surgissem. Foram criadas faculdades de medicina em Salvador e no Rio de
Janeiro. Construíram museus, teatros e bibliotecas, e foi permitida a
instalação de uma tipografia na cidade do Rio de Janeiro.
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O incentivo a vinda de intelectuais e artistas estrangeiros, com destaque
para Debret e suas pinturas sobre o Rio de Janeiro.
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No entanto, a medida mais importante tomada por D. João ocorreu em 1815, quando
o Brasil foi elevado à condição de Reino e, assim, surgiu
o Reino de Portugal, Brasil e Algarves.
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Além de permitirem o desenvolvimento econômico e intelectual do Rio de Janeiro,
todas essas mudanças resultaram no aumento populacional da cidade do Rio de
Janeiro, que passou de 50 mil habitantes, em 1808, para 100 mil
habitantes em 1822.
- D.
João VI envolveu-se diretamente em questões territoriais com nações vizinhas e
territórios vizinhos dominados por nações estrangeiras. Como exemplo, houve a
invasão da Guiana Francesa, realizada em 1809.
COMO FOI O RETORNO DE D. JOÃO VI PARA PORTUGAL?
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O retorno da Corte portuguesa a Portugal decorreu das pressões que D. João VI
passou a sofrer da burguesia portuguesa a partir de 1820.
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Com a Revolução Liberal do Porto, na qual a burguesia
formou as cortes portuguesas (espécie de assembleia) e passou a exigir mudanças
em Portugal de acordo com os princípios liberais e ilustrados.
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Os liberais portugueses queriam que mudanças fossem implantadas com a
finalidade de recuperar a economia portuguesa. As principais exigências das
cortes portuguesas eram o rebaixamento do Brasil novamente à condição
de colônia e o retorno imediato de D. João VI para
Portugal.
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Essas pressões forçaram o rei a retornar
por causa do temor de perder o trono português.
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D. João VI retornou para Portugal com aproximadamente quatro mil pessoas em
1821, no entanto, deixou seu filho D. Pedro, futuro D. Pedro I, como regente do
Brasil. As tensões provocadas pelas cortes portuguesas com o Brasil e D. Pedro
criaram a ruptura que deu início ao processo de independência do Brasil.
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/corte-portuguesa.htm
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-foi-periodo-joanino.htm
ATIVIDADES:
1- A transferência da Corte
de D. João VI para a colônia portuguesa teve apoio do governo britânico, uma
vez que:
(A)
Portugal negociou o domínio luso na Península Ibérica com a Inglaterra, em
troca de proteção estratégica e bélica na longa viagem marítima ao Brasil.
(B)
Em meio à crescente Revolução Industrial, os negociantes ingleses não tinham
interesse em expandir seus mercados rumo às Américas, já que o europeu era
insuficiente.
(C) O bloqueio continental imposto por Napoleão fechou o comércio
inglês com o continente europeu; a instalação do governo luso no Brasil
propiciou a retomada dos negócios luso-anglicanos.
(D)
O exército napoleônico invadiu Portugal visando a instituir o regime
democrático republicano de paz e comércio, em franca oposição ao expansionismo
da monarquia britânica.
2- Logo ao chegar, durante
sua breve estada na Bahia, D. João decretou a abertura dos portos do Brasil às
nações amigas (28 de janeiro de 1808). Mesmo sabendo-se que naquele momento a
expressão “nações amigas” era equivalente à Inglaterra, o ato punha fim a
trezentos anos de sistema colonial. (Boris
Fausto. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2008. p.122)
O
texto permite concluir que Dom João, ao decretar a abertura dos portos:
(A)
Criou o Estado brasileiro e garantiu a unidade do país.
(B)
Reforçou a relação de dependência com a metrópole.
(C) Acelerou o processo de Independência do Brasil.
(D)
Impediu a consolidação da autonomia provincial.
3- O viajante inglês John
Mawe (1764-1829) descreveu o impacto da abertura dos portos sobre a vida e os
hábitos dos brasileiros:
"Em virtude da
concorrência inacreditável [...] é natural presumir-se que ficasse o mercado
quase imediatamente abarrotado. Tão Grande e inesperado foi o fluxo de
manufaturas inglesas ao Rio de Janeiro [...] que o aluguel das casas para
guardá-las elevou-se extraordinariamente. A baía cobriu-se de navios e a
alfândega não tardou a transbordar de mercadorias: mesmo o sal, barris de
ferragem e pregos, peixe salgado, barris de queijo, chapéus [...] cestos e
barris de louça de barro e de vidro, cordame, barris e garrafas de cerveja,
tintas, armas, resina, alcatrão, etc. ficaram expostos não só a sol e chuva,
mais a depredação geral.” John
Mawe. Viagens ao interior do Brasil. Belo Horizonte. SP: Itatiaia-Edusp, 1978.
P. 216.
A)
Que medida, tomada por dom João, possibilitou a entrada de mercadorias de
outros países no Brasil do início do século XIX?
A abertura dos portos brasileiros a todas as nações amigas (1808).
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