BRASIL
COLÔNIA: 1500-1822
AS
CÂMARAS MUNICIPAIS
- A Câmara Municipal era o local onde os
administradores das vilas, cidades e povoados se reuniam para governar.
- Os governantes desses locais eram os
chamados “Homens Bons”
(proprietários de grandes extensões de terras e escravos), os quais defendiam
seus interesses políticos e econômicos.
A
IGREJA NO PERÍODO COLONIAL
- Foram inúmeros os grupos religiosos
católicos que atuaram no Brasil durante o período colonial, como exemplo os
dominicanos, beneditinos, jesuítas e outros.
- Em 1534, durante a Contrarreforma, Inácio
de Loyola criou a Companhia de Jesus, a qual tinha como principal objetivo,
consolidar e ampliar a fé católica pela catequese e pela educação.
- Os jesuítas entravam em conflito com os
colonos, os quais queriam escravizar o nativo. As Missões jesuíticas eram alvo
de ataques em busca de escravos.
- Os jesuítas dominavam culturalmente os
nativos, tornando-os submissos e impondo um novo modo de vida. Todo excedente
produtivo do nativo nas Missões, os jesuítas comercializavam.
ECONOMIA
COLONIAL
- Já vimos que a primeira atividade econômica
na colônia foi a extração do Pau-brasil, durante o período conhecido como
Pré-Colonial.
- Os nativos extraíam e levavam até o litoral
o Pau-brasil e em troca, ganhavam inúmeros produtos. Era o chamado ESCAMBO.
- Com a colonização, o cultivo da
cana-de-açúcar e a produção do açúcar tornou-se a principal atividade econômica
da colônia.
- O Brasil era uma colônia de exploração, a
qual visava atender os interesses da metrópole europeia, no caso, Portugal.
- O açúcar era muito procurado na Europa e Portugal
tinha experiência nas ilhas do Atlântico.
- O solo e o clima favorável na colônia foram
fatores importantes.
- Devido ao mercado europeu bastante favorável,
a produção teria de ser em larga escala. Para isso, a mesma deu-se em
latifúndios (grande propriedade) e com a mão de obra escrava.
- Em resumo, a economia colonial nesse
momento estava baseada no LATIFÚNDIO MONOCULTOR,
ESCRAVISTA E EXPORTADOR,também denominado PLANTATION.
- O latifúndio era conhecido por ENGENHO e era formado pela:
CASA-GRANDE era
a moradia do proprietário e sua família.
SENZALA era
o local onde os escravos ficavam após o trabalho.
LAVOURA ou ROÇA da cana (plantação)
CAPELA
CASA
DE ENGENHO
A CASA
DE ENGENHO era o local onde a cana era transformada em açúcar. Era formada
pela MOENDA (onde a cana era
esmagada, extraindo-se o caldo), a CASA
DAS CALDEIRAS (onde o caldo era fervido e engrossado) e a CASA DE PURGAR (o melaço era colocado em
formas para secar). Depois desse processo, o açúcar (em formato de pães de
açúcar) era colocado em caixas e enviado à Portugal.
MOENDA
- Havia dois tipos de ENGENHOS: os chamados ENGENHOS REAIS(movimentados por força
hidráulica) e ENGENHOS TRAPICHES (movidos
por tração animal).
- Nos "MOLINETES"
ou "ENGENHOCAS" era feita
a produção de aguardente, que servia de produto de troca no escambo de escravos.
- A presença holandesa na produção de açúcar
foi marcante. Eles financiavam a montagem de engenhos, refinavam e
transportavam o açúcar para o continente europeu.
MÃO
DE OBRA AFRICANA:
- Os negros africanos eram capturados no
continente africano e trazidos como mercadoria ao Brasil em NAVIOS NEGREIROS (ou Tumbeiros).
- Ao chegar na colônia, eram expostos como
mercadorias, aguardando compradores.
- A venda de escravos africanos favoreceu a acumulação de capitais. O traficante lucrava
com a venda e o comprador lucrava com a mão de obra no Engenho.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE
AÇUCAREIRA
- A sociedade era formada basicamente por
três grupos sociais: senhores de engenho (aristocracia), homens livres e
escravos.
- A posição social era determinada pela posse
das terras, escravos e poder político.
- Era uma sociedade patriarcal, ou seja, o poder
estava concentrado nas mãos dos homens, principalmente, dos senhores de engenho
que controlavam a vida dos filhos, esposa e funcionários.
- A mão de obra predominante era a escrava de
origem africana. Os escravos eram mercadorias e sofriam com as péssimas
condições de vida oferecidas por seus proprietários.
GRUPOS SOCIAIS
- SENHORES DE ENGENHO:tinham
o poder político, econômico, social e familiar. A casa-grande era o centro
deste poder. Controlava as Câmaras Municipais, centro do poder político das
cidades na época colonial.
- HOMENS LIVRES: funcionários assalariados do engenho, proprietários
de terras sem engenho, artesãos, agregados e funcionários públicos.
- ESCRAVOS:eram a mão de obra
predominante nos engenhos e originários da África. Também o grupo mais numeroso, o qual vivia em
péssimas condições, estavam sujeitos a inúmeros castigos físicos, possuíam baixa expectativa de vida (em torno
de até 35 a 40 anos). Muitos resistiam à escravidão com revoltas e fugas.
Criaram os Quilombos, que eram aldeamentos de escravos fugitivos.
OUTRAS
ATIVIDADES
- Haviam outras atividades econômicas que
auxiliavam a produção açucareira:
* A
AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA: mantinha a produção da alimentos na colônia,
como o cultivo de mandioca e hortaliças. A mão de obra era livre (mestiços).
* A
PECUÁRIA:atividade de extrema importância, pois o gado era
utilizado como força motriz, transporte e alimentação. Atendia as necessidades
do mercado interno e isso favoreceu a
interiorização colonial e usava o trabalho livre (o boiadeiro).
* O
TABACO: usado no Escambo com algumas regiões da África, onde era
trocado por escravos. A principal área de cultivo era a Bahia. A produção do
tabaco era realizada com mão-de-obra escrava.
OBS.: a
produção de açúcar entra em crise a partir do século XVIII, principalmente devido a concorrência das
Antilhas e da produção de açúcar na Europa, a partir da beterraba. No entanto,
o açúcar sempre foi importante para a economia portuguesa, obedecendo ciclos de
alta e baixa procura no mercado consumidor.
Fonte:
https://www.mundovestibular.com.br/estudos/historia/brasil-colonia
https://www.historiadobrasil.net/brasil_colonial/sociedade_acucareira.htm
ATIVIDADES:
1-Observe
a imagem abaixo.
Os números 1,2,3, 4 e 11 correspondem,
respectivamente,
(A) Casa-grande, senzala, moenda, fornalha e
canavial.
(B) Casa de engenho, capela, senzala, força
hidráulica e roça dos escravos.
(C) Casa-grande, capela, casa de purgar,força hidráulica e canavial.
(D) Casa-grande, capela,
senzala, força hidráulica e canavial.
(E) Casa de engenho, capela, casa de purgar,
fornalha e canavial.
2-
São características da produção açucareira do Brasil colonial, EXCETO.
(A) Monocultura.
(B) Produção destinada ao mercado externo.
(C) Utilização de mão de obra escrava.
(D) Utilização de grandes extensões de terra.
(E) Policultura.
3-
Leia o texto a seguir.
“O
açúcar O açúcar foi o mais importante produto colonial brasileiro. Ele era
fabricado principalmente nos engenhos da Bahia e de Pernambuco. (...) Foram os
árabes que apresentaram o açúcar aos mercadores medievais. (...) O produto era
raro e caro, saboreado apenas pelos ricos. (...) Foi exatamente por causa dele
que os portugueses resolveram colonizar o Brasil.”História Crítica – Mário Schmidt – 6ª
Série - Editora Nova Geração – 1999 – SP – p. 220 e 221
Assinale a única alternativa INCORRETA sobre
a produção de açúcar no Brasil-Colônia:
(A) Os holandeses financiavam, transportavam,
refinavam e revendiam o açúcar do Brasil na Europa.
(B) A produção açucareira era,
na sua maior parte, destinada ao comércio interno.
(C) A atividade açucareira era monocultora,
baseada no trabalho escravo e utilizando grandes latifúndios.
(D) A sociedade açucareira foi patriarcal, ou
seja, a autoridade do senhor de engenho era absoluta.
(E) Os escravos eram a mão de obra
predominante nos engenhos e originários da África.
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